sábado, 8 de maio de 2010

Playoffs, ou melhor, O Playoff


                        Kobe conta como é fácil ganhar dos Jazz



 Muito bem galera, a segunda rodada dos Playoffs mal começou e já está no fim. Isso porque as disputas que pareciam ser emocionantes e longas foram reduzidas à uma partida apenas: Cavs x Celtics. Esperei até este momento para comentar os jogos para ver como se desenrolariam as partidas, os personagens e toda a história envolvida nos confrontos; o resultado foi um punhado de jogos com histórias diferentes, mas a maioria com o mesmo vencedor, ou seja, está tudo tão previsível quanto final de novela do Manoel Carlos. E para provar, vou explicar um pouquinho de cada série.


  • Orlando Magic x Atlanta Hawks
Dessa série não tem muito o que falar, até porque ela já começou definida. Todos sabiam que o Orlando é muito mais time que o Atlanta, que o garrafão do Hawks é tão fraco que o Dwight Howard jogando na área pintada chega a ser mais covardia do que padre visitando creche. O Magic está jogando super bem, está vencendo a série por 3 a 0 com direito a dancinha no estilo gol do Santos pra ver se chama a atenção. O que faz com que o time chegue totalmente descansado para a final da conferência e com a confiança lá em cima, se bem que ganhar do Bobcats e do Hawks é obrigação. Em todo caso, a quarta vitória do time do Mickey pode vir no próximo jogo e não me espantaria se eles varressem o Atlanta de uma vez e o Mike Bibby possa  colocar sua pantufa e ver jogos de verdade pela televisão, ou então fazer mais uma tatuagem sem sentido...


  • Phoenix Suns x San Antonio Spurs
Essa série tinha tudo para ser a mais disputada, com direito a sangue, gritos e emoções, mas esquecemos de um detalhe: Bruce "Karate Kid" Bowen não joga mais. Basicamente, os Spurs venciam a correria do time do Suns forçando o jodo de meia-quadra e cadenciando o ritmo da partida, o que diminuía - e muito- a efetividade do Phoenix. Porém, essa lentidão no jogo era metade da tarefa, a outra era fazer com que Steve Nash não comandasse a partida, aí sim entrava em ação o querido Bruce e suas armas de guerra que chegavam a ser maiores do que da máfia italiana. 
Agora, no entanto, com a aposentadoria por serviços prestados do Bowen (4 mortes e 3 comas), o time do Spurs não consegue segurar Nash. Para essa missão, o técnico Greg Popovich colocou o George Hill, mas depois do armador do Phoenix jantá-lo com bife e batatas fritas todos os jogos, Greg tentou até mesmo mudar a marcação, para fazer o canadense cansar o máximo que fosse, ele até conseguiu, porém os deuses do basquete, a teoria do caus e o poder do Segredo pregaram uma peça no time texano, e o nome da maldição foi Goran Dragic. O Dragic, para aqueles que não sabem ou não prestam atenção em armadores brancos e eslovenos, é o Nash dos pobres; Tem potencial para fazer tudo que o Nash faz, mas como ele é menos conhecido do que político antes de eleição, todos esqueceram dele, inclusive o Spurs. E foi por causa dessa esquecida que ele fez 21 pontos no último quarto(!) e junto com Leandrinho eles praticamente fecharam a série. Vale lembrar que nunca, na história da liga, um time que perdia por 3 a 0 virou uma série, ou seja, bye bye Spurs.


  • Los Angeles Lakers x Utah Jazz
3 a 0 para o Lakers. Bom, falando assim é de se achar que o time do Jazz fede tanto quanto o Hawks ou que  está com mais falta de sorte do que o Spurs, mas não é nenhum nem outro ou pode ser os dois. O Jazz tinha tudo pra incomodar o Lakers, afinal de contas tem o melhor armador da nba no momento, que é Deron Williams, o Carlos Boozer  que é um pivo de respeito e muito bom nos rebotes e pick-and-roll's com Deron, além de ter o Mehmet Okur, e o Andrei Kirilenko. Porém, Okut está lesionado e já era, Kirilenko perdeu os dois primeiros jogos e então...já era. Sobrou para a dupla de Salt Lake, no primeiro jogo Williams foi muito agressivo e segurou a partida até quando pôde, mas no final deu Lakers. Na partida número dois, Deron tentou manter o ritmo, porém o time de Califórnia dominou os rebotes, até porque tem um garrafão de verdade, enquanto o Jazz chamou uns torcedores para vestir o uniforme e ir lá jogar, resultado: segunda vitória do L.A e a partida foi para Salt Lake com a pressão sob os ombros do Utah. O jogo três foi, de longe, o mais emocionante deles. O Jazz chegou a abrir 10 pontos tão facilmente que eu cheguei a achar que era jogada de marketing, mas com o tempo o Lakers entrou no jogo- muito pelo fato do Ron Artest meter várias bolas de três, até porque ele estava sozinho- e graças a saída do Shannon Brown que estava fazendo mais cagadas do que o Silvio Santos com a programação do SBT. É impressionante como, quando o Deron parte com a bola pra dentro do garrafão do Lakers, especialmente nos contra ataques ele consegue sempre fazer bandejas ou pelo menos bater lances livres e faz o Derek Fisher parecer um vovô que nunca jogou basquete. Mas isso foi pouco, e com Kobe Bryant jogando bem a partida toda e o Deron Williams errando o último chute, juntamente com um tapinha errado, o Lakers saiu com a vitória e ninguém lembrou que o Kirilenko voltou e que sem ele o Jazz consegue feder mais que o Atlanta, resultado: 3 a O e bye bye mormons.

  • Cleveland Cavaliers x Boston Celtics
Por fim, e não menos importante, uma série de verdade. O Boston perdeu a primeira partida num show do Mo Williams, inclusive com uma enterrada na cabeça do Paul Pierce que foi tão absurda que o técnico do Cavs, Mike Brown, ficou um pouco mais gaga e respondeu assim . Na segunda partida, ainda em Cleveland, os verdes mostraram a que vieram e arrancaram a vitória com certa folga, e um show de outro coadjuvante: Rajon Rondo. O moleque foi tão bem, e comandou tão bem o time que chegou a dar 19 assistências, e o Celtics roubava o mando de quadra e a confiança do Cavs. Na última partida, entretanto, deu para perceber a diferença entre os times, uma só na verdade: LeBron James. Tá, tá, que ele é um robô, extraterrestre e retardado, tudo ao mesmo tempo, nós já sabíamos, mas o que ele fez no primeiro quarto do jogo 3 foi simplesmente insano! O que não se pode prever é qual o estado físico dele, já que é sabido da sua lesão no cotovelo, teremos que ver até que ponto a lesão pode prejudicar seu jogo. LeBron totalmente focado e bem fisicamente pode ganhar mais dois jogos sozinho novamente e levar o Cavs até a final da conferencia. No final das contas, os Playoffs serviram mesmo para termos certeza que só o Celtics pode fazer algo de novo no roteiro que se desenhou para as finais da conferencia, de todas as séries com certeza essa é a que mais vale a pena. O fim ainda está em aberto, mas um resultado já é fato: Lebron no mundial? bye bye...

Resta agora esperarmos a definição do único Playoff de verdade e torcer para que as finais de conferencia e da NBA sejam tão emocionantes e legais quanto tem sido a série do Boston x Cavs ou o jogo 3 do Lakers senão a liga vai ter que pedir desculpas em público e proibir o Hawks de passar da primeira rodada dos Playoffs.

Observação: Hoje (domingo), às 16 horas a final da Euroliga, que com certeza terá um post somente pra ela. E sobre as finais do NBB falaremos assim que sobrar um tempo, afinal contar quantos chutes de três pontos saem por jogo acaba com o nosso tempo, infelizmente temos apenas 24 horas.

By: Leandro Lima

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