segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Torneio interclubes de Basquetebol Master

TORNEIO INTERCLUBES DE BASQUETEBOL MASCULINO MÁSTER
 Abaixo a classificação, resultados e a próxima rodada do torneio

Classificação


equipe
V
D
Cestas a favor
Cestas sofrida
Average
1
Sociedade Thalia
1
0
57
48

2
Ponta Grossa
1
0
42
35

3
Duque de Caxias
0
1
35
42

4
Circulo Militar
0
1
48
57

5
Galícia
-
-
-
-
-



Tabela de jogos – Primeira fase

Data: 11 de setembro. Sábado
Local: Sociedade Thalia

Horário
Equipe A

x

Equipe B
14h00
Duque de Caxias
35
x
42
Ponta Grossa
Cestinhas
Michel, 10 pontos



Ze Renato, 18 pontos
15h30
Sociedade Thalia
57
x
48
Círculo Militar do Paraná
Cestinhas
Irapua Assis, 08 pontos



Bressan, 18 pontos


Data: 18 de setembro. Sábado
Local: Sociedade Thalia

Horário
Equipe A

x

Equipe B
10h00
Duque de Caxias



Galícia
11h30
Sociedade Thalia



Ponta Grossa

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Palpite e cornetada todo mundo da o seu.

A torcida turca tá querendo dar um pé na bunda da Sérvia.



Hoje começam as semi-finais do Mundial masculino de Basquete, na Turquia. E como aqui no blog nós gostamos de dar palpites e cornetar os outros, chegou a hora em que vou dar minhas opiniões sobre o que acontecerá nos jogos, mas saibam que esses palpites tem um embasamento teórico e uma sabedoria semelhante a do Tiririca com a política.

Estados Unidos x Lituânia: Os Estados Unidos vieram para o Mundial com um time jovem, fedendo a leite. Todo mundo sabe que o Kevin Durant é fã do Justin Bieber e que coleciona álbum de figurinhas, mas o prodígio tomou conta do ataque norte-americano e vem para a semi-final com médias de quase 20 pontos por jogo. O perímetro é o ponto forte do time dos EUA, além dos contra-ataques que, caso saiam com naturalidade, aumentam e muito a chance de vitória do time do coach K. Com o vovô Billups ditando o ritmo do ataque, Durant mantendo a média e os reservas contribuindo para os contra-ataques -que são decorrência de uma defesa fortíssima- as coisas podem facilitar o jogo pro time da terra do tio Sam. Na realidade, o time norte-americano é, na minha opinião, o mais legal de assistir. Não só pelas enterradas e pontes-aereas, mas pelo jogo de transição e defesa que a todo momento é agressiva e força o erro dos adversários. O jogo norte-americano só fica chato quando a outra equipe marca zona e os arremessos de fora não caem, daí eles não sabem quando parar e isso sempre acontece quando a defesa está falhando, permitindo muitos pontos e infiltrações -escrevendo isso lembrei do jogo do Brasil, mas logo veio o Leandrinho errando a última bola e eu voltei ao normal.
Por outro lado, a Lituânia que, vejam só, foi convidada pela Fiba a participar do torneio-são as coisas estranhas que acontecem né, entrou pela cozinha, passou pela sala e daqui a pouco está bebendo a champanhe (metáfora perfeita essa hein)- foi conquistando as vitórias, permaneceu-se invicta, tem um ótimo jogo coletivo, juntamente com boas atuações de Linas Kleiza, surrou a Argentina e agora está na disputa com o "Teen Time" norte-americano.
Acredito que mesmo com o jogo coletivo e defesa pesada dos europeus, dessa vez a América do Norte leva a mehor, os Estados Unidos passam, são campeões e o Brasil pode ficar mais aliviado para a disputa do Pré-Olímpico do ano que vem, ou seja é um palpite totalmente passional, mas vai que dá certo.

Turquia x Sérvia: Jogo bastante equilibrado. O fator casa, torcida e pé na bunda do time Sérvia é grande e a Turquia tem isso a seu favor, mas o time servio tem Teodosic, o MVP da Euroliga e o homem que mandou os espanhóis para casa ver o jogo do Barcelona. Não vou me estender muito nesse jogo, até porque não tenho uma opinião formada. Acho que Turkoglu e seus amiguinhos conseguiram ir à final, mas não apostaria todo meu dinheiro nisso porque...bom, primeiro porque não tenho nenhum dinheiro (lembrem-se crianças, blog não dá grana, é só uma ilusão) e segundo, pelo fato que a Servia tem total condições de levar o jogo pau a pau até o final e em mais uma bola do meio da quadra Teodosic pode acabar com o sonho turco e revidar o chute na bunda.

Façam suas apostas, eu já fiz a minha...Turquia x Estados Unidos na final e o Brasil inteiro torcendo para os moleques norte-americanos serem campeões e facilitar nosso lado. Ah, nada como o selo Bira Bello de imparcialidade.

By: Leandro Lima

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Não há derrotados!

O quê? Oberto estava livre? Pouco importa.
Fim do Mundial de Basquete para o Brasil. A despedida veio num jogaço contra a Argentina em que a seleção brasileira perdeu por 93-89, mas lutou bravamente a partida inteira mesmo sem sucesso.
Como havia dito no último post, vários fatores seriam determinantes para a passagem de alguma das equipes para a próxima fase e, infelizmente, os argentinos souberam lidar melhor com eles. O jogo foi disputadíssimo, ambas as equipes jogando um basquete bem bonito e já de cara muitas bolas de 3 caíram por parte das duas equipes, parecia que era proibido arremessar de dentro do garrafão e o Scola decidiu que meteria sua primeira bola de fora no campeonato logo hoje, contra o Brasil.
Scola esse, que como também havia citado, além de ser o elo perdido entre ele e o Loco Abreu, foi um mostro no jogo de hoje. Ginóbili e Nocioni deviam estar rindo felizes enquanto comiam amendoim e viam o pivô destruir a marcação brasileira. Ele fez de tudo, novamente, 37 pontos e 9 rebotes além de não aceitar nenhuma defesa que colocavam em cima dele -colocaram defesa né?-, como era de se esperar ele bateu na nossa marcação zona, o que não é novidade pois quem acompanha-o pelo Houston sabe muito bem que ele faz isso, depois Magnano voltou para a defesa individual e não deu certo porque Luisinho (carinhosamente apelidado pelo blog) abusou de pick-and-rolls e sempre dava um jeito de sair livre para o arremesso do perímetro. Achei que depois dos 10 chutes livres que ele converteu o Brasil iria começar a marcá-lo ou mudar a maneira de sair do corta-luz, mas como eu não entendo nada de basquete e sou ingênuo isso, é óbvio, que não aconteceu. Pior para nós, que vimos o argentino fazer a melhor apresentação individual do Mundial, pegar o time brasileiro, colocar no colo, dar umas palmadas e mandar de volta para o país por serem muito burrinhos. No final do jogo Luisinho ainda teve dois lances-livres, faltava 1 segundo, ele fez o primeiro e chutou o segundo para errar, mas como ele estava com tudo a bola simplesmente não obedeceu e caiu na cesta. Fiquei imaginando como deve ser ele treinando, passando horas arremessando da cabeça do garrafão e torcendo pra ver se erra alguma, pois até quando ele quer não consegue. Vida trágica a dele.
Porém, não foi só Scola que foi minando o Brasil. Delfino, a adolescente argentina, e sua inconstância nas atuações foram decisivos novamente. No post passado eu havia comentado que ele passeava por boas e más partidas, mas se o chute dele estivesse caindo seria um problema e tanto para a seleção brasileira. Pois bem, foi o que aconteceu, Delfino fez 20 pontos, foi muito agressivo no começo do primeiro e do terceiro quartos, fez o que tinha que fazer e terminou o jogo tranquilo. Prigioni, ao contrário, não fez uma boa partida, acabou pendurando-se com faltas e com isso obrigando o anão-hiperativo do L.Cequeira a entrar, mas ao final do jogo Prigioni terminou com 8 assistências e deve uma cerveja pro Scola por isso. Méritos também para o técnico argentino Sergio Hernandez que soube posicionar sua equipe e responder logo de imediato as ações do time verde-amarelo.
Agora mudando de lado, o Brasil fez uma ótima partida. Muito boa mesmo. Com raça, vontade, mas sempre batendo na tecla da obediencia tática. É nítido como alguns atletas não se enquadram no padrão tático, Leandrinho em vários momentos quebrava a jogada no meio para isolar-se no um-contra-um. Em algumas horas deu certo, mas no final acabamos pagando o preço. Leandrinho nem de longe pode ser culpado por algo, muito pelo contrário. Chamou a responsabilidade em horas decisivas e tentou de tudo. É claro que sempre gostaríamos de culpar alguém ou alguma coisa, achar um Felipe Mello mas isso não cabe aqui e o Magnano não é o Dunga. Tiago Splitter ficou um pouco abaixo do normal, mas mais uma vez mérito para o técnico argentino que conseguiu neutralizá-lo.
Se fosse numa briga eu apostaria no Huertas.
O Mundial foi muito importante para restabelecermos um novo rumo ao basquete nacional e apresentar àqueles que duvidavam, Marcelinho Huertas. Algumas pessoas que não conheciam Huertas ficavam receosas com a qualidade do armador brasileiro, entretanto tenho certeza que depois do que vimos nesse campeonato ele sai muito mais fortalecido e dono da posição. Terminou a partida de hoje com 32 pontos e não foi só isso, marcou Prigioni e foi agressivo pra cima dele forçando-o a carregar-se com faltas, soube controlar o ritmo quando o frenético L.Cequeira entrou para defendê-lo, puxou o astral do time, jogou 39 minutos e foi perfeito. Fez lance-livre, bandeja, chutes de 3, chutes de 3 com falta, dançou uma macarena e ainda conseguiu algum fã clube por aí. O Brasil não sente mais a falta de um armador, temos um dos melhores do mundo, provou isso hoje, provou contra os EUA e vai ser o cara por mais alguns anos dentro da seleção.
Enfim, entre mortos e feridos salvaram-se todos. Brasileiros animados novamente com o basquete nacional e argentinos cumprindo o dever (apesar de achar que não passam da Lituania). Agora que venha o Pré-Olímpico e que essa geração não seja marcada, a não ser por ter ressuscitado o basquete nacional!

By: Leandro Lima

domingo, 5 de setembro de 2010

Independência e morte!

Scola é tão bom que se faz de difícil para Giovannoni.


O Mundial da Turquia será para o basquetebol brasileiro um divisor de águas. E o jogo contra a Argentina, na terça-feira, será "o jogo". Temos todos os ingredientes para um espetáculo em quadra, fora dela e em tudo que rodeia esse confronto. Vamos analisá-los:

Rúben Magnano: O técnico da seleção brasileira, como todos sabem, foi o comandante da então chamada 'geração de ouro' argentina. Campeão olímpico e vice-mundial, Magnano será o personagem mais importante  do duelo, vencerá e perderá independente do resultado. É claro que o argentino é um profissional e tanto, por isso não vai relaxar ou fazer o Nezinho marcar o Scola, mas não esperem que ele boceje enquanto toca o hino da Argentina. O conhecimento que Rubinho, como é chamado pelos argentinos, tem dos atletas argentinos é sem dúvidas muito importante, apesar de jogadores argentinos e brasileiros se enfrentarem ao longo de muitos anos, inclusive em torneios importantes, fazendo com que as surpresas fiquem cada vez mais difíceis de serem feitas, porém se bem executadas farão um estrago.

Luis Scola: O melhor jogador de basquetebol FIBA. Ele está fazendo de tudo no torneio. Pontos (média de 29), rebotes (8,2 por jogo), tem 60% de acerto nos arremessos, isso mesmo SESSENTA por cento, é um líder do time dentro e fora de quadra, assumiu o papel de protagonista, só falta dançar com as bailarinas no intervalo porque até sósia do Loco Abreu ele é. Magnano já disse que está pensando em algo para frear o MVP do torneio até aqui, mas principalmente vai tentar diminuir sua efetividade no ataque. A melhor maneira, na minha opinião, é grudar o Varejão igual um carrapato cabeludo e desengonçado pra cima do Loco Abreu da bola laranja, com isso o nosso Vareja vai tentando roubar umas faltinhas de ataque aqui, uns erros ali, mas como Scola é um monstro e sabe pensar -sua orelha tá vermelha, Nezinho- ao longo do jogo ele vai arrumando brechas e formas de livrar-se dos piolhos do brasileiro, aí esperamos que Magnano tenha uma carta na manga. Dobrar a marcação é uma opção, mas dependerá de como os jogadores do perímetro argentino estarão, não podemos esquecer de Delfino que apesar de ser mais inconstante que as aparições do Ronaldo Fenômeno em partidas oficiais, pode estar num dia de sorte e aí as coisas complicariam. Fazer uma rotação nos jogadores que o marcam também será importante, mas fazê-los gastar algumas faltas em Scola pode ser perigoso já que o argentino tem 84% nos lances-livres, maldito! Sério, pra voce que é jovenzinho e sonha em ser pivô, dê uma olhada no que esse cara faz no garrafão, seus movimentos de pernas, fintas, giros, finalização com as duas mãos e, se der tempo, na chapinha do cabelo.  A chave do jogo, no entanto não está somente nele e sim em como o pivô fará para envolver seus coleguinhas e a TPM de Delfino.

Marcelinho Huertas/Alex: Os dois brasileiros terão missões difíceis e igualmente importantes: ajudar o ataque, mas ao mesmo tempo parar Pablo Prigioni. Se a dupla Huertas/Splitter é entrosada, Prigioni/Scola é igual se não mais entrosada ainda. Os dois argentinos jogaram juntos no Tau Ceramica por quatro anos e jogam juntos a mais de 15 anos pela seleção. Prigioni tem 33 anos, por isso o veterano normalmente dita o ritmo do ataque hermano e da partida. Daí vem a importância do perímetro brasileiro, apesar de achar que Leandrinho vem atuando bem na defesa - o que fazem meus olhos acharem que é mentira as vezes- não acredito que ele seja o mais indicado para marcar o armador argentino. Marcelinho Huertas não é o melhor defensor brasileiro, mas quebra um galho e tanto, dessa maneira acredito que ele conseguirá segurar um pouco o ímpeto do ataque adversário, mas caso ele sobrecarregue-se com faltas ou mesmo não consiga defender Prigioni, quem será o encarregado é Alex. No amistoso que o Brasil fez na preparação para o Mundial, Alex marcou o armador e soube anulá-lo quando exigido. No começo, o escolhido é Huertas, com o tempo veremos quem será o marcador.

Fator banco: Por incrível que pareça, a seleção brasileira utiliza mais jogadores na rotação do time do que a argetina até o momento. Sem mencionar que os reservas estão indo muito bem, Marquinhos começou como titular contra os EUA, mas vinha de uma sequência de partidas saindo do banco, não se intimidou e mostrou serviço, outro jogador que sai do banco e está ajudando muito a seleção é -cof cof- Marcelinho Machado. Sim, ele está mais velho, mais calmo, bem aproveitado pelo técnico Magnano e está me surpreendendo, um dia quem sabe direi isso à voce, Nezinho. Do lado Argentino o maior destaque é a volta de Fabrício Oberto que até então não participou das partidas pelo fato de estar doente, deve ter tomado uma água batizada, afinal a Argentina é campeã nisso aí. Com Oberto entrando na rotação do garrafão argentino, Scola terá um companheiro que mesmo baleado poderá ajudá-lo na marcação de Splitter e eventualmente nas infiltrações de Leandrinho e pick-and-rolls de Huertas/Splitter.

Bom, resta-nos esperar por essa que será, sem dúvidas, a partida mais equilibrada dessa segunda fase do Torneio. Para os patriotas terá um gostinho especial, já que será o dia da Independência do Brasil e o jogo será de vida ou morte. Enfim, os clichês e trocadilhos são muitos mas de uma coisa é certa, caso o Brasil vença será finalmente a independência do rótulo de freguês dos argentinos e um passo adiante para a morte, em torneios internacionais, da mais espetacular geração do esporte argentino.


By: Leandro Lima

sábado, 4 de setembro de 2010

Um jogo

Me atrevo a escrever sobre o Mundial, já que depois de dois anos debruçado no computador escrevendo inúmeros trabalhos, resenhas , artigos, sem contar minha dissertação para o meu mestrado, resolvi dar um tempo em produzir  textos. Mas o fato do Mundial da Turquia estar disputa e a seleção brasileira de basquete ter uma espécie de transtorno bipolar – tem momentos espetaculares, ao mesmo tempo em que produz momentos inexplicáveis – me fez voltar aos teclados.
O “um jogo” na verdade é “o jogo.” E a seleção foi pródiga em transforma seus últimos “o jogo” em mais “um jogo”, como mostrou a coluna do Fabio Balassiano. A seleção simplesmente perdeu todos os seus jogos importantes, Copa América na conta, em pré-olímpicos e mundiais. Assim o confronto dessa terça-feira contra os argentinos vai ser um divisor de águas para o basquetebol brasileiro. Se perder será mais “um jogo” que deixamos passar, mas se vencer poderá ser lembrado como “o jogo” que pode transformar o basquetebol brasileiro.
Após a derrota para a Eslovênia, e analisando as chances dos possíveis adversários do Brasil, disse a todos que preferia a Argentina que a Sérvia, pois estamos acostumados a enfrentar – e perder -dos argentinos. Entretanto acho que esse é momento do Brasil, pois essa vitoria representará muito mais para o Brasil, do que uma derrota para os argentinos – creio que será uma derrota sofrida, mas mais facilmente absorvida pelos hermanos. Assim essa partida é mais “um jogo” para os argentinos e “o jogo” para os brasileiros.


Fabio Pellanda


Link interessante sobre o Mundial: The Painted Area